Não é nenhum mistério que a pesca excessiva traria diminuição notável no tamanho das espécies de peixe. Uma pesquisa atual revelou contudo, quão drasticamente as espécies marinhas tem diminuído não apenas em tamanho, mas também em diversidade, em um período de tempo relativamente curto.
Pesquisadores estão utilizando todos os materiais e documentos possíveis de registros de navios na tentativa de recriar como a população de peixes era naquela época, os resultados até agora já indicam o quanto as populações e espécies de peixe diminuíram.
Os documentos antigos estão mudando o que os cientistas atualmente pensam do tamanho médio das espécies, ao mostrar que os peixes costumavam ser muito maiores e em maiores populações do que era pensado.
Os pesquisadores tentam voltar centenas e até milhares de anos no tempo, mas fotos de pescas, realizadas na Florida nos últimos 60 anos, mostram que não é preciso ir tão longe para provar que esses resultados são provavelmente de grande confiabilidade.
Os cientistas esperam que ao mostrar os tipos de vida que os oceanos costumavam ter e o impacto da pesca excessiva, a recuperação marinha torne-se mais tangível.
De acordo com Jesse Ausubel, diretor do programa de censo na Fundação Alfred P. Sloan, a previsão do cenário futuro e a reconstrução do passado, são dois lados de uma mesma moeda.
”Ferramentas analíticas desenvolvidas por ecologistas para prever a abundância no futuro também foram adaptadas para reconstruir a história da vida marinha. Nós sabemos agora que a distribuição e abundancia das populações de animais marinhos mudam dramaticamente com o tempo. Portanto, entender os padrões históricos da exploração de recursos e identificar o que foi realmente perdido no habitat é essencial para o desenvolvimento e implementação de planos de recuperação para ecossistemas matinhos degradados”, diz Ausubel.